Minha história com esse ícone da indústria nacional se iniciou ainda no século passado, mais precisamente em 1988 quando aos 11 anos de idade comecei a trabalhar em uma oficina de chapeação e pintura na minha cidade natal, Caxias do Sul RS. Não demorou para que eu criasse gosto por essas belas máquinas que nos permitem ir e vir pelas ruas, mas em especial por algumas delas.
Ainda em fabricação naquela época, cultuado por alguns, desprezado por muitos, haviam os opala, eram usados por todos, até o prefeito da cidade fazia uso de um modelo diplomata, e conforme eu ia conhecendo e trabalhando nestes carros mais eu ia gostando deles... Os anos se passaram e a vontade de ter um carro desses também foi aumentando até que precisamente no dia 20 de maio de 1993 o que era um sonho se concretizou, todas as economias feitas até então estavam disponíveis e o carro apareceu, um opala especial branco everest, de 4 portas ano 73! Seu estado não era dos melhores, ele era usado como carro de serviço em uma oficina mecânica, mas mesmo assim, foi amor a primeira vista, todos os defeitos foram esquecidos e o opala enfim comprado, eu estava me sentindo no céu, aos 16 anos de idade havia conseguido comprar meu opala, com o fruto do meu próprio trabalho.
Depois veio a reforma, sim, naquela época esse era o termo usado e o carro foi lixado e repintado e as alterações começaram a ser feitas, motor mais forte, cambio de 4 marchas, bancos do comodoro 90 e era só alegria, andei muito nesse carro, nele praticamente aprendi a dirigir, fiz até o exame para carteira de motorista com ele. (os mais antigos vão lembrar, naquela época não era obrigatório auto escola e você podia prestar o exame prático com o carro que tivesse desde que alguém habilitado levasse ele até o local da prova)
Algum tempo depois, surgiu a oportunidade e comprei outro opala, desta vez um coupe 72 azul lemans, mas não gostei muito dele, era 4 cilindros. Não demorou para trocar esse 72 em um outro opala, desta vez um 75 4 portas 6 cilindros com cambio automático e teto de vinil, esse sim, um carro lindo e muito bom. De repente me vi com dois opalas 6 cilindros na garagem. Como todos sabem, a juventude tem seu lado bom, mas também tem seu lado impulsivo e inconseqüente, a essa altura os dois carros soavam como ‘velhos’ e não faziam sucesso com as moças da região então a idéia que parecia mais interessante seria trocar os dois por um carro mais novo, e assim foi feito. O negócio até não foi ruim, troquei os dois opalas por um diplomata 88 coupe preto granito 6 cilindros a álcool. Carro magnífico, perfeito estado e baixíssima quilometragem (isso foi em 1988, era de se esperar que o carro ainda estivesse em bom estado). Porém o danado gastava muito combustível, para a época ficou difícil manter e novamente o opala foi à venda, outros opalas vieram e também se foram e assim o tempo passou. Um dia eu tive a noticia de um opala branco encostado, apodrecendo em uma vila na minha cidade. Fui ver o carro e para minha felicidade, reconheci lá meu velho amigo, em um estado lastimável, terminal, aguardando a oferta do sucateiro para ser picado e transformado em pregos clamando por socorro! Conversei com o então proprietário e descobri para minha surpresa ele ainda estava registrado em meu nome e pasmem, o proprietário nem cogitava a idéia de vender ele. Que agonia! Eu via o carro se acabando e não podia fazer nada, mas aquela mesma paixão da primeira vez que vi esse carro falou mais alto, me motivou tremendamente e me fez insistir por vários anos até finalmente ouvir uma proposta, ele aceitaria trocar esse carro, mas somente por outro equivalente, sai então à caça, encontrei outro 73 e mãos à obra, fiz toda a pintura, toda a mecânica, elétrica e documentação para que este ficasse realmente em condições de uso para trocar pelo meu velho especial.
Finalmente poderia levar meu velho amigo para casa, experimentei naquele dia um momento de extrema alegria e sensação de dever cumprido. Mas nem tudo são rosas, iniciou-se o processo de restauração e muitas coisas aconteceram, o carro de fato estava bem ruim, precisou de muitas peças, então veio meu filho amado e o opala ficou parado novamente, mudei de trabalho e não tive mais tempo para tocar minha obra (como trabalhei muitos anos com restauração de carros antigos, todo o trabalho neste carro eu mesmo executo). Nesse meio tempo, muita informação sobre esse modelo eu fui recolhendo, desde folders originais de venda do carro, livros técnicos da época, catálogos de peças GM, milhares de fotos e até alguns outros carros doadores para ele eu comprei!
Atualmente esse carro já é propriedade do meu filho de 4 anos de idade e está sendo restaurado rigorosamente nos padrões originais, mas tão rigorosamente que me vi quase que obrigado a montar mais um opala, desta vez um 79 coupe para curtir sem dó, neste sim pretendo usar algumas peças modernas e fazer pequenas alterações que deixem o carro com melhor dirigibilidade segurança e beleza. Nada extravagante, coisas como pneus radiais e mais largos, escapamento dimensionado e talvez uma injeção eletrônica. Mas isso é tema pra outro tópico...
Agradeço a todos que destinaram seu precioso tempo e leram até aqui e firmo aqui minha disponibilidade em fornecer informações a quem interessar acerca de opala 73, visto que como falei antes tenho agregado durante todos esses anos muito material, especifico sobre este ano em especial.
Forte abraço aos meus novos Amigos,
José Carlos Belaver
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