Rubão6cc escreveu:
Não é a toa que a década de 80 é chamada de "década perdida".
A inflação é a corrosão do poder de compra da população. Veja que as próprias vendas do Opala diminuíram muito na década de 80.
Rubão,
A década de 80 foi uma época de baixo crescimento, mas a economia continuava avançando devagar. No mundo capitalista, as empresas precisam crescer sempre, se param de crescer (mas sem decrescer), já começa a choradeira de "ano perdido", "década perdida", etc.
Veja como foi a produção de carro no Brasil na década de 70 e 80, conforme dados da ANFAVEA:
O "soluço" no começo da década de 80 foi provocado pela 2ª crise do petróleo, quando o preço do barril pulou de 40 para 80 dólares.
Entenda os níveis de produção de 1978, 1979 e 1980 como excepcionais. No Brasil era comum ter crescimentos em surtos.
Como era de se esperar, a elevação do preço do petróleo afetou o crescimento da produção de automóveis, mas em 1982, a produção já tinha alcançado os níveis de 1977. Note também que no final da década de 80, o preço do barril de petróleo já tinha caído para níveis típicos da década de 70.
O ponto importante a observar é que na década de 80 foram produzidos mais carros que na década de 70, apesar da década de 80 ser chamada de década perdida. Na década de 80, excetuando o ano de 1981, a produção oscilou entre 700 e 800 mil carros por ano, enquanto na década de 70, a produção foi bem menor nos 4 primeiros anos.
Se produção brasileira de automóveis não foi brilhante na década de 80, mantendo, a grosso modo, níveis semelhantes ao da década anterior, com a produção de Opala, o resultado foi completamente diferente.
Em termos de venda e produção, o Opala brilhou na década de 70, mas terminou a década de 80 com vendas que da ordem de apenas 20% a 25% dos anos de glória na década de 70.
A queda brutal no volume de vendas do Opala não se explicam por crise do petróleo nem por inflação porque a produção global de carros não caiu.
Para manter o Opala vivo no mercado, a GM precisaria investir numa renovação completa, o que exigiria recursos que talvez a GM do Brasil não tivesse. A GM do Brasil sempre dependeu de projetos vindos da Opel da Alemanha. Por isso, quando Collor abriu o mercado, permitindo que as montadoras importassem peças à vontade, a GM jogou o Opala fora e lançou o Omega, o "absoluto".
No Brasil, as montadoras descartam o modelo e até o nome. Nos EUA e Japão, os fabricantes de automóvel reprojetam completamente um carro, mas mantém o nome. Veja o caso do Mustang, Cadillac, Civic, Corolla e tantos outros carros que já estão na 20ª geração, mas o nome permanece.
A GM deveria ter mantido o nome Opala, mas preferiu lançar o Omega, que chamava de "absoluto". Absoluto de verdade, mesmo, foi o Opala na sua época, que nunca teve concorrente à altura. O Simca (depois Crysler), Maverick e Aero-Willys nunca tiveram chance de competir com o Opala.
O Opala era um carro que podia ser usado como taxi, carro de família, carro executivo de luxo, etc. Foi um carro que nunca sofreu de problemas mecânicos graves que exigissem uma revisão em profundidade, a motorização era muito bem calibrada, o preço das versões mais básicas era acessível, as versões mais luxuosas eram apropriadas ao uso de executivos, altas autoridades, chefes de estado.
Junto com o Fusca, o Opala foi o carro historicamente mais importante que o Brasil já produziu.
Rubão6cc escreveu:
É caro manter um museu desses. A GM como empresa privada necessita sempre que possível enxugar custos.
Não tem desculpa. Se Badolato sozinho consegue manter um museu muito maior que o da GM, como uma empresa multinacional não consegue? Olhe que os malandros nem precisaram comprar o terreno que foi cedido pela prefeitura!
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