Incrivelmente incrível

PS: fotos meio fora de ordem. Estou sem paciência pra ajeitar agora..depois acerto

caraca!!!!


zeeeero!

Mas qual é a história?

opala4cc escreveu:Mas qual é a história?

"Quém aí tem saudades de 1988? Enquanto Rosana estourava com “O amor e o poder” nas paradas de sucessos, a inflação atingia os quatro dígitos, fechando o ano em 1.037%. Para tentar poupar os cruzados do ataque do dragão, os brasileiros bolavam soluções inusitadas.

Dois irmãos da cidade de Embu-Guaçu, São Paulo, tiveram a ideia de usar caminhões Ford como cadernetas de poupança. Aplicaram suas economias na compra de nada menos do que doze F-11.000 zero-quilômetro. Depois, guardaram-nos em um sítio.

Os caminhões foram vendidos aos poucos. Sobrou só um, que havia sido comprado por CZ$ 4.800.000 (quatro milhões e oitocentos mil cruzados).

Para evitar olhares curiosos, Seu Orlando (um dos irmãos) mandou cobrir a boca do galpão com blocos de cimento. Eis que agora, já passado dos 70 anos de idade e com problemas de saúde, o sitiante, enfim, decidiu vender o “bruto”.

Os blocos foram retirados, arrumaram uma bateria e o F-11.000 com 110km no hodômetro voltou a rugir. Tudo, absolutamente tudo, é zero-quilômetro — até os plásticos que cobriam os bancos na concessionária. Cápsula do tempo.

O caminhão, agora, pertence a Reginaldo Gonçalves, conhecido como Reginaldo de Campinas, colecionador e comerciante especializado em modelos antigos pouco rodados.

— Nem a Ford tem um caminhão desses… — diz Reginaldo, que só pensaria em vender o Ford F-11.000 1988 pelo valor de um Cargo novo"

Agora é conseguir vender por um preço bom. Caminhoes antigos nao tem nrm a metade da procura que os carros tem. Espero que consiga pois realmente é um caminhao umico.

Tenho dúvidas sobre este ter sido um bom investimento.

Aqui na cidade, um senhor tinha(ou tem ainda) uma F4000 e uma F1000 nessa mesma situação.
Não sei se ele vendeu.
Mas em meados da década de 90 eu vi na casa dele.
Isso era comum.
[]’s

Já achei um Maverick, um aerowillis e um caminhão Ford assim, tudo por acaso ( na verdade eu estava perdido).
Mas não parei para perguntar o preço (sem dinheiro também)..
Uns anos atrás aqui no bairro achei um terreno só com Scanias, o terreno tem muro e portão altos e foi na única vez que vi o portão aberto.

O interessante nesse caso, é a situação econômica da época.
Creio que ainda tem veículos desse período parados até hoje.
O caso que citei acima também foi investimento por conta da inflação.
Mas analisando friamente, era um falso ganho.

[]’s

No final da década de 80 era comum comprar carros para tentar manter um pouco do poder de compra. Eu vivi essa época - era um horror.

Havia ágio para comprar carro zero km. O governo tabelava o preços dos produtos e os produtos sumiam do mercado (carne, leite etc) - inclusive os carros, que iam para o mercado não oficial.

Era comum ver garagistas vendendo carro 0km (pelo preço acima da tabela) e na concessionária não ter veículos para vender (no preço da tabela). Fica claro o jogo que havia.

Acho que esse cara se deu bem mesmo assim. Inclusive não teve o dinheiro preso no Plano Collor, que viria no início da década de 90, quando tungaram parte da correção monetária.
Os Cz$ novos, velhos sei lá o que não valem nada - o caminhão tá ai e será vendido por um preço que dá para comprar alguma coisa.

Tem que contextualizar para entender.

chevy250 escreveu:No final da década de 80 era comum comprar carros para tentar manter um pouco do poder de compra. Eu vivi essa época - era um horror.

Havia ágio para comprar carro zero km. O governo tabelava o preços dos produtos e os produtos sumiam do mercado (carne, leite etc) - inclusive os carros, que iam para o mercado não oficial.

Era comum ver garagistas vendendo carro 0km (pelo preço acima da tabela) e na concessionária não ter veículos para vender (no preço da tabela). Fica claro o jogo que havia.

Acho que esse cara se deu bem mesmo assim. Inclusive não teve o dinheiro preso no Plano Collor, que viria no início da década de 90, quando tungaram parte da correção monetária.
Os Cz$ novos, velhos sei lá o que não valem nada - o caminhão tá ai e será vendido por um preço que dá para comprar alguma coisa.

Tem que contextualizar para entender.

Concordo..É uma forma de investimento. Existe mercado pra esse tipo de coisa. Dinheiro perdido não foi pelo menos.

adpachec escreveu:Já achei um Maverick, um aerowillis e um caminhão Ford assim, tudo por acaso ( na verdade eu estava perdido).
Mas não parei para perguntar o preço (sem dinheiro também)..
Uns anos atrás aqui no bairro achei um terreno só com Scanias, o terreno tem muro e portão altos e foi na única vez que vi o portão aberto.

Aqui.

Muito legal. Quisera eu achar uma garagem assim.

Pedrão B. escreveu:O interessante nesse caso, é a situação econômica da época.
Creio que ainda tem veículos desse período parados até hoje.
O caso que citei acima também foi investimento por conta da inflação.
Mas analisando friamente, era um falso ganho.

[]’s

Também acho. Podia ser um bom investimento na época do ágio de veículos novos, caso a pessoa conseguisse comprar sem ágio. Mas só valia a pena guardar por períodos relativamente curtos de tempo. Comprar em 1988 e guardar pra revender em 2018... fala sério! Também não era bom negócio comprar em 1986 para revender em 1992. Só era bom negócio por períodos de até um ano naquela época.

Viver na década de 80 era viver em outro mundo - quase inimaginável para quem não viveu a hiperinflação. Nem conseguíamos comparar investimentos como fazemos hoje. Houve mês da inflação bater 80% no mês!

O dinheiro vivo, ao ser recebido, escorria pelas mãos.

Muito banco quebrava - não existia o tal socorro que existiu na década de 90 e nem o FGC - Fundo Garantidor de Crédito, o qual foi criado somente em 1995 - ou seja, 7 anos depois do tiozinho comprar os caminhoes. Havia medo de dinheiro depositado em banco.

Assim, uma forma mais segura de tentar manter ALGUM valor, era converter o que se tinha em ativos reais tais como imóveis, carros, ouro, qualquer coisa que não fosse a moeda corrente. Carro era algo que tinha liquidez, vendia fácil, pois com o tabelamento, os carros sumiam do mercado.

Num mês voce ganhava salário de $2000,00 no mes seguinte $3600,00 e no outro $6400,00. E assim ia.

Eu lembro de dar a volta numa gondola de supermercado e ao voltar o cara com a etiquetadora já ter trocado o preço. Pacote de bolacha digamos de $3,00...dali a minutos passava a $3,10 e todo dia era assim. No final do mes, esse pacote de bolacha terminava valendo $5.40.

Pagar conta e fazer uma aplicação, tinha que ir ao banco e ainda pegar fila. E olha que a fila única foi novidade só no final. Não tinha internet.

Cansei de ir em banco e ter que escolher qual fila do caixa eu ia pegar. De repente na fila menor apareceia o famoso "sanfoneiro" - um office boy com kilos de conta para pagar.

E por fim, o Collor congelou TODAS as contas correntes e aplicações em banco. Com inflação comendo solto, quando liberou, depois de 1,5 anos, a correção foi para o espaço. Tem gente brigando até hoje na justiça.

Assim, tem que contextualizar. e temos que rezar para esse tipo de situação nunca mais voltar.

opala4cc escreveu:

Pedrão B. escreveu:O interessante nesse caso, é a situação econômica da época.
Creio que ainda tem veículos desse período parados até hoje.
O caso que citei acima também foi investimento por conta da inflação.
Mas analisando friamente, era um falso ganho.

[]’s

Também acho. Podia ser um bom investimento na época do ágio de veículos novos, caso a pessoa conseguisse comprar sem ágio. Mas só valia a pena guardar por períodos relativamente curtos de tempo. Comprar em 1988 e guardar pra revender em 2018... fala sério! Também não era bom negócio comprar em 1986 para revender em 1992. Só era bom negócio por períodos de até um ano naquela época.

Os irmãos foram vendendo os caminhões aos poucos..eram doze no início mas só restou um. Isso não significa necessariamente que o referido exemplar foi dedicado a ser vendido no fim do prazo dos velhos. Talvez por ser a última unidade isso pode ter gerado um apego. Em primeira instância eles cumpriram bem a estratégia de burlar a inflação; lembrando que eram doze exemplares no início e todos foram vendidos exceto um.

Revendo as fotos me recordei agora; tenho um tio que trabalhava para prefeitura da cidade de São Paulo..ele era motorista e em meados da década de 90 foi "premiado" com um caminhão desses zero km...ele dizia "meu caminhão"...parecia que se referia com carinho. O caminhão foi "dele" por cerca de 15 anos até que por volta de 2005 ou 2006 (a prefeitura ainda usava normalmente) ele e um colega de trabalho foram abordados num semáforo por assaltantes armados que levaram o caminhão embora...infelizmente o Ford sumiu do mapa. Deram pro meu tio outro caminhão...um Vw se não me engano....meu tio ficou muito chateado e não gostava do Vw..dizia que era "duro"..ele usou este último até se aposentar.