Marca para Polia Dupla do Virabrequim

Olá, pessoal! Boa noite!

Tenho um Opala Diplomata 89/90 6 cil. A borracha da polia do virabrequim original cansou. Então, comprei uma nova damper (marca TPA) no MercadoCar. A nova polia estava com folga, correias gritando, terrível... quando finalmente conseguimos regular tudo, ela quebrou! Peça de má qualidade...

Me recomendam marcas e lojas para eu comprar uma nova polia? Ajudaria Muito!

Obrigada

No minha Caravan 4 cil, depois de instalar A/C, troquei a polia simples por uma dupla da marca Tríade. Dizem q é ruim ....comigo está lá até hoje sem problemas.

Desconfio que uma das formas mais comuns de estragar uma polia damper é o péssimo costume de suspender o motor, p. ex., para trocar os coxins, com um macaco debaixo da polia.

Marca que fornecia para a GMB: caete. Não existe mais. Hoje, a melhor é a REI. E acho que é a mais cara.

Gerald escreveu:Desconfio que uma das formas mais comuns de estragar uma polia damper é o péssimo costume de suspender o motor, p. ex., para trocar os coxins, com um macaco debaixo da polia.

Pois eu tenho CERTEZA, kkkk!!!

opala4cc escreveu:Marca que fornecia para a GMB: caete. Não existe mais. Hoje, a melhor é a REI. E acho que é a mais cara.

E é por isso que ela reina no mercado!



Desculpe, não resisti..

Rubão6cc escreveu:

opala4cc escreveu:Marca que fornecia para a GMB: caete. Não existe mais. Hoje, a melhor é a REI. E acho que é a mais cara.

E é por isso que ela reina no mercado!



Desculpe, não resisti..

Antes fosse... ela não está nem perto de ter alguma hegemonia no mercado. Como o brasileiro sobrevive, acaba comprando o que tem menor preço.

opala4cc escreveu:

Gerald escreveu:Desconfio que uma das formas mais comuns de estragar uma polia damper é o péssimo costume de suspender o motor, p. ex., para trocar os coxins, com um macaco debaixo da polia.

Pois eu tenho CERTEZA, kkkk!!!

opala4cc,

Há muitos anos atrás, o mecânico que fazia a manutenção do meu Diplomata disse que precisava substituir s coxins do motor. Misteriosamente, ele "descobriu" que a polia damper também precisava de substituição. Eu me lembro que achei estranho a polia ter estragado, mas não associei uma falha com a outra, até porque eu estava muito ocupado com outras coisas na época.

Certamente, os mecânicos no Brasil nem sempre estão preparados. A maioria aprende "na prática", ou seja tentando consertar e quebrando coisas pelo caminho. Mas uma parte do problema também é dos fabricantes. A borracha usada na polia damper do Opala, mesmo a original, não deve ser da melhor qualidade. Se a borracha fosse do padrão da usado nos pneus, por exemplo, provavelmente a polia iria aguentar a barbaridade de levantar um motor de 6 cilindros.

Outro dia, cheguei num vídeo sobre ar condicionado automotivo, onde o cubo do compressor  usado num caminhão Volvo é construído de forma similar a polia damper do Opala, ou seja, duas partes metálicas unidas por borracha.



O narrador coloca a toda a culpa da falha do cubo manutenção no técnico que fez a manutenção anterior que teria colocado excesso de fluido refrigerante, o que teria levado a sobrecarga do compressor.

Na minha opinião, um aumento de 20% na carga de refrigerante (850 gr vs 700 gr) não explicaria a falha do cubo. Muito provavelmente, a peça não foi mesmo projetada para durar muito. Mais cedo ou mais tarde, iria estragar mesmo. Borracha é um material maravilhoso, mas que dura relativamente pouco, principalmente quando há grande esforço envolvido.

Gerald escreveu:

opala4cc escreveu:

Pois eu tenho CERTEZA, kkkk!!!

opala4cc,

Há muitos anos atrás, o mecânico que fazia a manutenção do meu Diplomata disse que precisava substituir s coxins do motor. Misteriosamente, ele "descobriu" que a polia damper também precisava de substituição. Eu me lembro que achei estranho a polia ter estragado, mas não associei uma falha com a outra, até porque eu estava muito ocupado com outras coisas na época.

Certamente, os mecânicos no Brasil nem sempre estão preparados. A maioria aprende "na prática", ou seja tentando consertar e quebrando coisas pelo caminho. Mas uma parte do problema também é dos fabricantes. A borracha usada na polia damper do Opala, mesmo a original, não deve ser da melhor qualidade. Se a borracha fosse do padrão da usado nos pneus, por exemplo, provavelmente a polia iria aguentar a barbaridade de levantar um motor de 6 cilindros.

Outro dia, cheguei num vídeo sobre ar condicionado automotivo, onde o cubo do compressor  usado num caminhão Volvo é construído de forma similar a polia damper do Opala, ou seja, duas partes metálicas unidas por borracha.



O narrador coloca a toda a culpa da falha do cubo manutenção no técnico que fez a manutenção anterior que teria colocado excesso de fluido refrigerante, o que teria levado a sobrecarga do compressor.

Na minha opinião, um aumento de 20% na carga de refrigerante (850 gr vs 700 gr) não explicaria a falha do cubo. Muito provavelmente, a peça não foi mesmo projetada para durar muito. Mais cedo ou mais tarde, iria estragar mesmo. Borracha é um material maravilhoso, mas que dura relativamente pouco, principalmente quando há grande esforço envolvido.

Eu concordo com você com relação à qualidade das borrachas, Gerald, mas discordo sobre o AC.
As borrachas nitrílicas no Brasil são notoriamente de qualidade ruim. Isso ocorre até mesmo na indústria. Mas no ramo automotivo, ainda há uma combinação de fatores que reduzem drasticamente a vida das borrachas: contato com o óleo do motor (através dos vazamentos) mais o calor do motor.
Você pode notar que não há vazamento de óleo de nenhum tipo ao redor da polia do compressor. Logo... pelo menos não foi contato com óleo que estragou a borracha, que tem dupla função: fusível mecânico e diminuir a vibração da movimentação da borracha da correia multi-V.
Sobre o AC, eu concordo com o diagnóstico do técnico. De 700gr para 850gr é um excesso estúpido de fluido de trabalho. Pode, de fato, causar um calço no compressor, pois o excesso além de fazer o sistema perder drasticamente desempenho, também pode alterar o estado físico do fluido refrigerante nos diversos pontos do ciclo. Fica tudo bangunçado dentro do ciclo! Pode ocorrer chegada (parcial) de fluido refrigerante em estado líquido no compressor. O excesso também faz com que a pressão estática do sistema (que é uma pressão relativa à atmosférica) fique muito mais alta do que a de projeto. Com um compressor em bom estado, o delta "P" - que é a pressão da descarga menos a pressão da admissão - se mantém, porém o compressor precisa comprimir um gás (no compressor o fluido de trabalho é em estado gasoso) que já está mais comprimido do que deveria, exigindo mais esforço e provocando também superaquecimento. Isso pode ter feito a borracha da polia abrir por excesso de esforço, já que a correia multi-V é a motriz do AC e os pistões do compressor estavam oferecendo resistência anormal para o giro do eixo deste.

opala4cc escreveu:

Gerald escreveu:
O narrador coloca a toda a culpa da falha do cubo manutenção no técnico que fez a manutenção anterior que teria colocado excesso de fluido refrigerante, o que teria levado a sobrecarga do compressor.

Na minha opinião, um aumento de 20% na carga de refrigerante (850 gr vs 700 gr) não explicaria a falha do cubo. Muito provavelmente, a peça não foi mesmo projetada para durar muito. Mais cedo ou mais tarde, iria estragar mesmo. Borracha é um material maravilhoso, mas que dura relativamente pouco, principalmente quando há grande esforço envolvido.

Eu concordo com você com relação à qualidade das borrachas, Gerald, mas discordo sobre o AC.
As borrachas nitrílicas no Brasil são notoriamente de qualidade ruim. Isso ocorre até mesmo na indústria. Mas no ramo automotivo, ainda há uma combinação de fatores que reduzem drasticamente a vida das borrachas: contato com o óleo do motor (através dos vazamentos) mais o calor do motor.
Você pode notar que não há vazamento de óleo de nenhum tipo ao redor da polia do compressor. Logo... pelo menos não foi contato com óleo que estragou a borracha, que tem dupla função: fusível mecânico e diminuir a vibração da movimentação da borracha da correia multi-V.
Sobre o AC, eu concordo com o diagnóstico do técnico. De 700gr para 850gr é um excesso estúpido de fluido de trabalho. Pode, de fato, causar um calço no compressor, pois o excesso além de fazer o sistema perder drasticamente desempenho, também pode alterar o estado físico do fluido refrigerante nos diversos pontos do ciclo. Fica tudo bangunçado dentro do ciclo! Pode ocorrer chegada (parcial) de fluido refrigerante em estado líquido no compressor. O excesso também faz com que a pressão estática do sistema (que é uma pressão relativa à atmosférica) fique muito mais alta do que a de projeto. Com um compressor em bom estado, o delta "P" - que é a pressão da descarga menos a pressão da admissão - se mantém, porém o compressor precisa comprimir um gás (no compressor o fluido de trabalho é em estado gasoso) que já está mais comprimido do que deveria, exigindo mais esforço e provocando também superaquecimento. Isso pode ter feito a borracha da polia abrir por excesso de esforço, já que a correia multi-V é a motriz do AC e os pistões do compressor estavam oferecendo resistência anormal para o giro do eixo deste.

opala4cc

Sim,é possível que a desintegração da borracha do cubo tenha sido causada por contaminação por óleo, mas o técnico não faz nenhuma referência a isso. Ele se apressou a culpar o colega que fez a manutenção anterior, sem nem ao menos considerar outras possibilidades de falha, como, por ex, a baixa qualidade da peça.

Há vários vendedores vendendo o kit de embreagem+polia do compressor Sanden usado nos caminhões Volvo, o que sugere que a falha dessa peça é bastante comum.

Sobre o excesso de 150 gramas de fluido refrigerante, o volume adicional corresponde ao de uma xícara de café! Não creio que essa pequena quantidade explique a falha do acoplamento de borracha do cubo do compressor. Num sistema de ar condicionado bem projetado, o nível do fluido refrigerante na forma líquida não deve ultrapassar cerca da metade da altura do condensador e do evaporador. Seria preciso de uma carga absurdamente excessiva de fluido refrigerante para produzir calço hidráulico no compressor.

Quando comecei a estudar o sistema de ar condicionado o Opala, uma das coisas que me chamou atenção foi a excessiva preocupação, para não dizer pavor, que os "refrigeristas" nacionais têm do excesso de carga. Quase invariavelmente, esses técnicos tendem a colocar uma carga insuficiente, até porque assim também acabam economizando uns trocados (fluido refrigerante não é barato).

No Youtube tem um vídeo onde um técnico coloca uma carga de apenas 600 gramas no sistema original do Opala, e diz que o resultado ficou "bom". Isso é menos que a metade do necessário! Certamente, como eles costumam dizer, "gelou bem", porque qualquer redução de temperatura já é um ganho. E se o freguês reclamar, diga que o sistema é antigo, que o compressor está cansado, que o R-12 era melhor mesmo que o R-134a, que o isolamento térmico do Opala é ruim, etc. Há 1000 desculpas para dar.

A última coisa que um refrigerista quer é que o cliente volte alguns dias depois, fulo da vida, com o compressor estourado. Talvez o compressor já estivesse no final da vida, mas naturalmente o cliente não gostar de saber que terá que desembolsar uma grana adicional além do que estava previsto. Um refrigerista que passou por uma situação dessas vira "gato escaldado" e vai tender a dar uma carga de "gás" pequena, para minimizar a chance do compressor estragar.

Um detalhe técnico que certamente você conhece: os sistemas de ar condicionado mais modernos usam uma válvula de expansão que ajusta automaticamente o fluxo de refrigerante. Sem dúvida, o sistema de ar condicionado do caminhão Volvo é assim. Num sistema desses, é praticamente impossível que um excesso de carga (a menos seja tão absurdamente grande que inunde todo o sistema) provoque dano no compressor porque o fluxo de fluido refrigerante fica automaticamente controlado/limitado pela válvula de expansão.

Abraços

Gerald escreveu:

opala4cc escreveu:

Eu concordo com você com relação à qualidade das borrachas, Gerald, mas discordo sobre o AC.
As borrachas nitrílicas no Brasil são notoriamente de qualidade ruim. Isso ocorre até mesmo na indústria. Mas no ramo automotivo, ainda há uma combinação de fatores que reduzem drasticamente a vida das borrachas: contato com o óleo do motor (através dos vazamentos) mais o calor do motor.
Você pode notar que não há vazamento de óleo de nenhum tipo ao redor da polia do compressor. Logo... pelo menos não foi contato com óleo que estragou a borracha, que tem dupla função: fusível mecânico e diminuir a vibração da movimentação da borracha da correia multi-V.
Sobre o AC, eu concordo com o diagnóstico do técnico. De 700gr para 850gr é um excesso estúpido de fluido de trabalho. Pode, de fato, causar um calço no compressor, pois o excesso além de fazer o sistema perder drasticamente desempenho, também pode alterar o estado físico do fluido refrigerante nos diversos pontos do ciclo. Fica tudo bangunçado dentro do ciclo! Pode ocorrer chegada (parcial) de fluido refrigerante em estado líquido no compressor. O excesso também faz com que a pressão estática do sistema (que é uma pressão relativa à atmosférica) fique muito mais alta do que a de projeto. Com um compressor em bom estado, o delta "P" - que é a pressão da descarga menos a pressão da admissão - se mantém, porém o compressor precisa comprimir um gás (no compressor o fluido de trabalho é em estado gasoso) que já está mais comprimido do que deveria, exigindo mais esforço e provocando também superaquecimento. Isso pode ter feito a borracha da polia abrir por excesso de esforço, já que a correia multi-V é a motriz do AC e os pistões do compressor estavam oferecendo resistência anormal para o giro do eixo deste.

opala4cc

Sim,é possível que a desintegração da borracha do cubo tenha sido causada por contaminação por óleo, mas o técnico não faz nenhuma referência a isso. Ele se apressou a culpar o colega que fez a manutenção anterior, sem nem ao menos considerar outras possibilidades de falha, como, por ex, a baixa qualidade da peça.

Há vários vendedores vendendo o kit de embreagem+polia do compressor Sanden usado nos caminhões Volvo, o que sugere que a falha dessa peça é bastante comum.

Sobre o excesso de 150 gramas de fluido refrigerante, o volume adicional corresponde ao de uma xícara de café! Não creio que essa pequena quantidade explique a falha do acoplamento de borracha do cubo do compressor. Num sistema de ar condicionado bem projetado, o nível do fluido refrigerante na forma líquida não deve ultrapassar cerca da metade da altura do condensador e do evaporador. Seria preciso de uma carga absurdamente excessiva de fluido refrigerante para produzir calço hidráulico no compressor.

Quando comecei a estudar o sistema de ar condicionado o Opala, uma das coisas que me chamou atenção foi a excessiva preocupação, para não dizer pavor, que os "refrigeristas" nacionais têm do excesso de carga. Quase invariavelmente, esses técnicos tendem a colocar uma carga insuficiente, até porque assim também acabam economizando uns trocados (fluido refrigerante não é barato).

No Youtube tem um vídeo onde um técnico coloca uma carga de apenas 600 gramas no sistema original do Opala, e diz que o resultado ficou "bom". Isso é menos que a metade do necessário! Certamente, como eles costumam dizer, "gelou bem", porque qualquer redução de temperatura já é um ganho. E se o freguês reclamar, diga que o sistema é antigo, que o compressor está cansado, que o R-12 era melhor mesmo que o R-134a, que o isolamento térmico do Opala é ruim, etc. Há 1000 desculpas para dar.

A última coisa que um refrigerista quer é que o cliente volte alguns dias depois, fulo da vida, com o compressor estourado. Talvez o compressor já estivesse no final da vida, mas naturalmente o cliente não gostar de saber que terá que desembolsar uma grana adicional além do que estava previsto. Um refrigerista que passou por uma situação dessas vira "gato escaldado" e vai tender a dar uma carga de "gás" pequena, para minimizar a chance do compressor estragar.

Um detalhe técnico que certamente você conhece: os sistemas de ar condicionado mais modernos usam uma válvula de expansão que ajusta automaticamente o fluxo de refrigerante. Sem dúvida, o sistema de ar condicionado do caminhão Volvo é assim. Num sistema desses, é praticamente impossível que um excesso de carga (a menos seja tão absurdamente grande que inunde todo o sistema) provoque dano no compressor porque o fluxo de fluido refrigerante fica automaticamente controlado/limitado pela válvula de expansão.

Abraços

Eu sinto muito, mas discordo de algumas coisas. Mas respeito seu ponto de vista.

opala4cc escreveu:Eu sinto muito, mas discordo de algumas coisas. Mas respeito seu ponto de vista.

Sem problema, discordar é normal, concordar em tudo é anormal. Também respeito muito seus pontos de vista.

Abraços