Rafael GTBS2 escreveu:Boa noite.
Fui conferir o agregado novo que tenho aqui...e me deparei com algumas surpresas.
A principal delas é a medida tão difundida dos 92cm entre os centros dos furos do amortecedor na torre.
Esse agregado, que comprei como sendo novo e parece que realmente é, visto não ter marcas nem de parafusos, nem os comuns "riscos" fundos na parte inferior da travessa... então acho que é. A etiqueta colada nele nem levei muito em conta, porque poderia ser falsa. Está bem apagada e com alguns pedaços faltando, ilegível, mas o emblema azul da GM nela ainda se pode ver.
A medida entre os centros dos furos dos amortecedores é de exatos 90.4cm. Entre as faces onde se parafusam as bandeijas superiores é de 84,5cm, aproximadamente.
Tem algo errado?
Não sei dizer se a medida de 904 mm está certa ou errada, mas se a travessa é nova e fabricada pela GM, deve estar certa! Como explicar, então, a medida "extra-oficial" de 910 a 920 mm que circula por aí?
Posso estar sendo injusto, mas desconfio que esse valor de 920 mm é uma adoção de trabalho dos gabaritadores por aí. Comento (*) mais sobre isso no final.
A GM fornecia às concessionárias um gabarito para aferição da travessa da suspensão. A figura abaixo foi tirada do manual de serviço da GM:
O gabarito servia para aferir as posições dos tubos cônicos para fixação nas longarinas e os furos para fixação dos amortecedores. Infelizmente, a GM não fornecia as medidas e, como isto é o Brasil, ninguém se preocupou em medir o gabarito e compartilhar a informação...
Em certa ocasião, opala4cc publicou uma página de um manual da GM com as medidas da estrutura da carroceria do Opala. Lá não tem as medidas da travessa da suspensão, mas tem algumas medidas relativas aos furos das longarinas onde a travessa da suspensão é presa. As medidas são "enviesadas", por assim dizer, além do que os furos nas longarinas estão em alturas diferentes. Entretanto, usando um pouco de matemática básica (teorema de Pitágoras e trigonometria), é possível calcular as distâncias entre os furos correspondentes das longarinas usados para prender a travessa da suspensão.
Uma medida importante, que não aparece na figura, é o ângulo de divergência das longarinas. Sim, as longarinas não são paralelas ao eixo do carro. Usando o desenho da GM, medi um ângulo de aproximadamente 3º entre a direção de cada longarina e o eixo do carro.
Depois de fazer os cálculos, encontrei as distâncias entre os furos das longarinas, que foram desenhadas em vermelho sobre a figura original da GM:
Essas medidas servem também para aferir a travessa da suspensão, exceto pela distância entre os furos dos amortecedores.
(*) Na minha opinião, há muita informação de qualidade discutível circulando na internet sobre carros, em geral, e sobre o Opala, em particular. Uma idéia muito comum é que a travessa da suspensão dianteira do Opala é fraca e se deforma com facilidade. Costuma-se dizer que a travessa "fecha" com o uso e que, depois de um tempo, é inevitável fazer uma "gabaritagem" para reabrir a travessa à força...
Que é possível a deformação da travessa de suspensão, não resta dúvida. Mas, exceto em caso de acidente, um Opala normal não deveria sofrer deformação da travessa durante TODA a vida do carro. A questão é saber em que condições a travessa se deforma.
Dizer que a travessa se deforma com o peso do motor não faz muito sentido. Um motor de 6 cilindros pesa cerca de 250 kg, mas qualquer cavalete com pés feitos de chapa aguenta 2 toneladas. Para abrir uma travessa que fechou, um "cyborg" precisa de 10 tonelas ou mais, o que uma idéia da robustez da travessa.
Na minha opinião, a travessa se deforma quando a suspensão bate no fim de curso com muita violência. É verdade que há coxins e batentes de borracha para absorver parcialmente o impacto, mas esses coxins não tem a flexibilidade das molas e o impacto pode ser muito forte em certas situações, principalmente se o carro foi rebaixado. Depois de um certo número de impactos suficientemente fortes, os coxins se destroem e perdem a função. Aí, o impacto fica direto entre metal e metal, como se fosse uma carroça.
A prática de algumas pessoas em cortar espiras das molas para rebaixar a suspensão é a receita certa para deformar a travessa da suspensão. As molas encurtadas reduzem o curso da suspensão e aumentando extraordinariamente a propensão a batidas secas de alta intensidade contra os coxins, ou o que sobrou deles.
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