Vou contar a vocês a única vez que meu opala me deixou na mão, no inverno do ano passado.
Uns três meses depois de comprar meu opala verde, ele começou a falhar na partida. Eu ainda estava conhecendo o carro, não sabia o que poderia ser, mas ele foi ficando cada vez mais fraco, até que começou a não pegar. Pegava só no tranco. Eu já deixava numa descidinha pra fazer ligar o carro. Pensei que fosse bateria descarregada. Isso aconteceu em questão de dois, três dias. No dia fatídico, pra piorar, gasolina só no cheiro, deixei pra abastecer na volta do trabalho. Era quase meia-noite e passei no primeiro posto do caminho. Fechado. O próximo seria uns mil metros à frente, mas o carro não aguentou. Apagou, pane seca. Deixei correr até onde dava e encostei.
Estacionei perto de um posto, mas em frente a um dos maiores pontos de prostituição e usuários de crack de Londrina. Desci, peguei uma garrafa pet de água (1,5l), comprei gasolina no posto, bati na partida e o carro pegou, mas logo morreu.
Pensei: foi pouca gasolina. Ia sair buscar mais, mas me lembrei que os poucos trocados que tinha, gastei, e o posto não aceitava cartões. Merda. Fiquei uns 15 minutos no carro pensando no que fazer. Foi aí que tive uma ideia insana. No terminal de ônibus, que ficava a uma quadra de onde eu estava, tem um caixa eletrônico da Caixa. "Vou lá, saco R$ 20, empurro o carro até o posto e ponho gasolina", planejei.
Não sei por que, saí do carro com a garrafa na mão. Cheguei à guarita do terminal e o guarda, um tiozinho, estava dormindo sentado. Isso já era umas 1h15 da madrugada. Invadi. Quando estou perto das escadas, o tiozinho grita de lá: "ÔÔ...tá entrando sem pagar, volta aqui!"
ehehehe. Voltei lá, e o cara me mandou sair. Tentei explicar, mas ele deve ter achado que era mais um drogado por ali. Imagina eu falando que ia sacar dinheiro com uma garrafa vazia de água na mão.... 
O guarda falou: "ah cara, vaza daqui porque o caixa nem fica ligado à noite". Ok, vazei, e ele voltou a dormir.
Nessa altura dos acontecimentos fui obrigado a fazer o que eu não queria: ligar pra minha mulher em casa pra vir me socorrer. Na verdade, levar dinheiro pra eu abastecer. Depois de um certo stress, ela foi. Empurrei o opala até o posto, nem foi muito difícil, porque desci na contramão, abasteci, demos um tranquinho e pegou. Aleluia! Fiz a volta, o carro andou uma quadra e morreu no semáforo (não sei porque parei no sinal, nestas condições, às 2 horas da manhã).
Tentei dar o tranco. O plano era empurrar o carro até a Rua Bahia, uma ladeira de uns 1500 metros, mas pra chegar até lá seriam 100 metros meio na subidinha. Minha filha mais velha (12 anos à época), que veio com minha mulher, me ajudou a empurrar a barca, mas a gente não estava conseguindo. Aí um travesti, com um baita salto, shortinho curto enfiado no minúsculo rego, e um noiado, todo sujo, provavelmente usuário de crack, uniram-se a nós e nos ajudaram a empurrar o opala até a esquina. Ele desceu, chegou a dar 40 por hora, mas não pegou no tranco, nem em 2ª, nem em 3ª.
Estacionei o carro quando parou, no pé da ladeira, 1500 metros abaixo. Olhei pra trás, cadê minha mulher? Ela não acompanhou pra saber se ia dar certo o tranco. Eu e minha filha esperamos um pouco e nada. Tranquei o carro e resolvi subir à pé, até o ponto de origem. Meia hora depois, chegamos, e lá estava minha mulher, nos esperando. Engraçado que ela nem desconfiou que o tranco poderia não ter funfado. Três e meia da madruga, fui embora e o opalão posou aquele resto de noite na rua.
No dia seguinte, cedinho, fui a uma autoelétrica perto de onde o carro estava, o cara foi lá no carro comigo, fez o contato com duas chaves de fenda e ele ligou. Fui dirigindo normalmente até a oficina. Lá, o diagnóstico: alternador bichado. No mesmo dia, peguei o carro e depois disso nunca mais me deixou à pé.
Naquela noite era tanta coisa estranha acontecendo que chegou um momento em que eu não me aborrecia mais, só dava risada.
Uns três meses depois de comprar meu opala verde, ele começou a falhar na partida. Eu ainda estava conhecendo o carro, não sabia o que poderia ser, mas ele foi ficando cada vez mais fraco, até que começou a não pegar. Pegava só no tranco. Eu já deixava numa descidinha pra fazer ligar o carro. Pensei que fosse bateria descarregada. Isso aconteceu em questão de dois, três dias. No dia fatídico, pra piorar, gasolina só no cheiro, deixei pra abastecer na volta do trabalho. Era quase meia-noite e passei no primeiro posto do caminho. Fechado. O próximo seria uns mil metros à frente, mas o carro não aguentou. Apagou, pane seca. Deixei correr até onde dava e encostei.
Estacionei perto de um posto, mas em frente a um dos maiores pontos de prostituição e usuários de crack de Londrina. Desci, peguei uma garrafa pet de água (1,5l), comprei gasolina no posto, bati na partida e o carro pegou, mas logo morreu.
Pensei: foi pouca gasolina. Ia sair buscar mais, mas me lembrei que os poucos trocados que tinha, gastei, e o posto não aceitava cartões. Merda. Fiquei uns 15 minutos no carro pensando no que fazer. Foi aí que tive uma ideia insana. No terminal de ônibus, que ficava a uma quadra de onde eu estava, tem um caixa eletrônico da Caixa. "Vou lá, saco R$ 20, empurro o carro até o posto e ponho gasolina", planejei.
Não sei por que, saí do carro com a garrafa na mão. Cheguei à guarita do terminal e o guarda, um tiozinho, estava dormindo sentado. Isso já era umas 1h15 da madrugada. Invadi. Quando estou perto das escadas, o tiozinho grita de lá: "ÔÔ...tá entrando sem pagar, volta aqui!"
ehehehe. Voltei lá, e o cara me mandou sair. Tentei explicar, mas ele deve ter achado que era mais um drogado por ali. Imagina eu falando que ia sacar dinheiro com uma garrafa vazia de água na mão.... O guarda falou: "ah cara, vaza daqui porque o caixa nem fica ligado à noite". Ok, vazei, e ele voltou a dormir.Nessa altura dos acontecimentos fui obrigado a fazer o que eu não queria: ligar pra minha mulher em casa pra vir me socorrer. Na verdade, levar dinheiro pra eu abastecer. Depois de um certo stress, ela foi. Empurrei o opala até o posto, nem foi muito difícil, porque desci na contramão, abasteci, demos um tranquinho e pegou. Aleluia! Fiz a volta, o carro andou uma quadra e morreu no semáforo (não sei porque parei no sinal, nestas condições, às 2 horas da manhã).
Tentei dar o tranco. O plano era empurrar o carro até a Rua Bahia, uma ladeira de uns 1500 metros, mas pra chegar até lá seriam 100 metros meio na subidinha. Minha filha mais velha (12 anos à época), que veio com minha mulher, me ajudou a empurrar a barca, mas a gente não estava conseguindo. Aí um travesti, com um baita salto, shortinho curto enfiado no minúsculo rego, e um noiado, todo sujo, provavelmente usuário de crack, uniram-se a nós e nos ajudaram a empurrar o opala até a esquina. Ele desceu, chegou a dar 40 por hora, mas não pegou no tranco, nem em 2ª, nem em 3ª.
Estacionei o carro quando parou, no pé da ladeira, 1500 metros abaixo. Olhei pra trás, cadê minha mulher? Ela não acompanhou pra saber se ia dar certo o tranco. Eu e minha filha esperamos um pouco e nada. Tranquei o carro e resolvi subir à pé, até o ponto de origem. Meia hora depois, chegamos, e lá estava minha mulher, nos esperando. Engraçado que ela nem desconfiou que o tranco poderia não ter funfado. Três e meia da madruga, fui embora e o opalão posou aquele resto de noite na rua.
No dia seguinte, cedinho, fui a uma autoelétrica perto de onde o carro estava, o cara foi lá no carro comigo, fez o contato com duas chaves de fenda e ele ligou. Fui dirigindo normalmente até a oficina. Lá, o diagnóstico: alternador bichado. No mesmo dia, peguei o carro e depois disso nunca mais me deixou à pé.
Naquela noite era tanta coisa estranha acontecendo que chegou um momento em que eu não me aborrecia mais, só dava risada.
PORQ SERA A MULHERADA GERALMENTE NAO GOSTA DE DIRIGIR OPALA?
....rodei quase sao paulo inteiro atras de um chaveiro...parei so 6 da tarde...no fim o opalao ficou na rua...segunda fui no chaveiro fiz a chave abri o tanque com a ajuda do meu pai...e parei nesse mesmo posto falei enche o tanque...e pensei comigo NUNCA MAIS DEIXO na reserva...kkkk 
Depois de terminar,a galera esperando à uns bons metros do Opalão,saímos(menos a "prima)pra padoca 24hrs tomar umas.Aí que o carro começou a zicar! Era parar no semáforo e ele morrer,ai descia todo mundo,empurra,tranco,correria pra entrar e vamos que vamos! Chegamos,tomamos umas,depois fomos embora! Levei todos na porta de casa,dois ainda me perguntaram se eu queria que fossem até o portão da minha casa,caos o carro morresse por falta de gasola ou algo parecido.Recusei e fui embora.Embiquei o carro no meio fio,abri o portão e entrei no palão,aí 1ª,pisa,sobe a dianteira,e na hora de subir a traseira do carro,ele ameaça a subir a guia,morre e volta pra trás!PQP,pensei,tô no sal!Chapado,e com toneladas pra tirar da rua sozinho!Chamei a partida,ele pega e,na hora que vou sair,morre de novo,e (nessas o carro tava atravessado no meio da rua de novo,embicado na guia pq tentei sozinho,em vão,dar um embalo pra ver se guardava o carro assim.Depois de pensar o que faria,naquelas 3 hrs e poucas da manhã,sem ninguém pra me acudir,e após perceber que a gasola já era,lembrei que no dia anterior os mecânicos jogaram thinner no bura na oficina pra fazer ele pegar(só pra isso),aí lembrei que tinha um pouco na garagem! Joguei um pouquinho,entrei,dei a partida e ,putz,quase consegui,o carro foi até a metade e acabou o efeito do Thinner!Aí enfezei!Peguei uma mangueirinha,furei a tampinha da lata e tasquei direto na mangueira do filtro de gasolina,dei umas apertadas na lata,prendi-a no limpador de para-brisa e falei: Agora vai ou arregaça!
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