O único motivo deste conteúdo é mostrar o desmonte, limpeza (quase que desnecessária) e lubrificação do mecanismo, o que pode ser útil a quem por ventura necessite abrir um para fins de conserto.
Seu funcionamento é bem mais simples que a CARTO de três fios e está bem menos sujeita a problemas. Na parte inferior há dois terminais elétricos. Quando um é energizado com 12V DC e o outro é ligado ao negativo, a haste da trava se expande. Invertendo-se a ligação dos fios, a haste se retrai.
Assim como seu funcionamento e teste é mais simples do que o modelo de três fios, seu mecanismo interno também o é.
Tive uma grata surpresa de descobrir que praticamente não há sujeira por dentro, saindo apenas uma pequena quantidade de particulado acumulado por anos de uso, sem sinais de infiltração e acúmulo interno de água, ferrugem excessiva ou travamento por desgaste. Também fiquei intrigado ao perceber o quão parca é a quantidade de graxa colocada nas partes móveis, chegando até a total ausência desta em alguns locais onde se faz necessária...
A primeira coisa a se fazer neste dispositivo seria testá-lo direto em uma bateria, tendo-se o evidente cuidado de não curto-circuitar os pólos, que são muito próximos. Como a minha trava estava funcionando, fui direto para a etapa do desmonte.
A foto 1 e a foto 2 mostram a trava elétrica em questão.
Foto 1: trava elétrica do opala de dois fios.
Foto 2: outro ângulo.
Começa-se levantando o fole da haste na direção da ponta.
Foto 3: sentido para soltar o fole.
Removidos os quatro parafusos da campânula do motor, esta sai sendo alavancada com uma chave-de-fenda conforme a foto 4.
Foto 4: extraindo a campânula do motor.
Removida a campânula, o induzido pode ser retirado puxando-o para cima. Quando o induzido é retirado, as microescovas ("A", foto 5) são expulsas de seus alojamentos ("C", foto 5). Virando a carcaça, caem as duas molinhas das escovas ("B", foto 5) de dentro de "C". ATENÇÃO: as molinhas e as escovas são propensas ao desaparecimento. Guarde-as bem até a remontagem!
Então, com uma pequena chave-de-fenda introduzida na fenda entre as duas metades da carcaça como na foto 5, o corpo da trava é aberto e tem-se a visão da foto 6.
Foto 5: separando as duas metades da carcaça da trava.
Na foto 6, "E" é a cremalheira da haste acionadora, "F" é um rolete-guia da haste e "D" é o pinhão acionado pelo induzido para mover a cremalheira.
Foto 6: componentes internos da trava elétrica.
A remoção da placa "G" da foto 7 é a parte mais difícil do processo de desmontagem e deve ser feita - mais uma vez - alavancando com uma chave de fenda. Essa placa plástica não tem necessidade de ser removida, a não ser em caso de necessidade de conserto de componentes que por ventura estejam encobertos por ela.
Foto 7: removendo a placa plástica.
Sem a placa plástica, tem-se a visão da foto oito, que expõe a parte mais suscetível desta trava: as duas trilhas elétricas que alimentam o induzido ("G", foto oito). Das duas que abri, ambas apresentavam algum dano superficial nestas trilhas, mas que não impediam o bom funcionamento desse excelente projeto de trava elétrica.
Foto oito: o ponto fraco deste modelo de trava.
O induzido pode ser testado com o uso do multímetro, do mesmo jeito que se testa o induzido de um motor de arranque. As escovas deste motor são minúsculas e nunca as vi para reposição, mas não parecem propensas a dar problema exceto pelo desgaste natural do uso.
Igual às travas elétricas carto de três fios, o estator desta também é um imã. Como não havia presença de corrosão interna, não houve necessidade de removê-lo de dentro da campânula metálica.
As peças da foto 9 NÃO FORAM LAVADAS (escovas e eixo do induzido).
Foto 9: as escovas e o induzido.
A foto 10 mostra as peças que foram lavadas com um pincel no rás, exceto pela parte circulada em vermelho da haste acionadora.
Foto 10: peças lavadas no rás.
A remontagem começa pela colocação das molinhas das escovas, conforme mostra a foto 11:
Foto 11: colocando as molinhas.
A seguir, coloca-se as escovas sobre as molinhas. ATENÇÃO à correta posição das escovas, conforme a foto 12. Há diferença nas extremidades das escovas. Um lado assenta na mola e o outro assenta na superfície do coletor do induzido.
Foto 12: o jeito certo de colocar as escovas.
Foto 13: as escovas posicionadas nos seus respectivos lugares.
Coloque um pingo de graxa na ponta do eixo do induzido conforme a foto 14 e insira o induzido dentro da campânula.
Foto 14: encaixando o induzido na campânula do estator.
Com cuidado para não sacudir a metade da carcaça onde estão posicionadas as escovas, desça o conjunto do estator sobre esta última, sem se preocupar com a queda do induzido, pois o imã segura-o dentro da campânula (foto 15):
Foto 15: Encaixando o conjunto do estator na carcaça.
Quando a campânula encostar no alojamento, pressione-a com força contra seu assento SEM inclinar, virar ou sacudir o conjunto, para que as escovas não caiam da posição. Quando o flange da campânula se encaixar totalmente até o fim (foto 16), vire o conjunto de ponta-cabeça de modo que a campânula fique para baixo e coloque uma chave-de-fenda onde mostra a foto 17 encaixando no chanfro da ponta do induzido e tente girar SEM ESFORÇO.
Foto 16: o flange completamente encaixado.
Se estiver travado remova de novo a campânula e repita o processo de posicionar as escovas.
Se a chave-de-fenda girou sem esforço, sacuda de leve o conjunto para escutar se há peças soltas, normalmente uma das escovas que caiu do alojamento antes do encaixe do estator. Nesse caso, volte ao procedimento de reposicionar as escovas.
Foto 17: testando o giro livre do induzido.
Recoloque a placa plástica.
Foto 18: reencaixada a placa plástica.
Passe um pouquinho de graxa no pino do rolete (foto 19).
Foto 19: engraxando o pino do rolete.
Encaixe o rolete e passe graxa na periferia externa dele.
Foto 20: o rolete em seu alojamento.
Encaixe o pinhão na ponta do induzido e engraxe os locais indicados.
Foto 21: engraxar os locais indicados.
Engraxe a cremalheira da haste.
Foto 22: engraxando a cremalheira.
Posicione a cremalheira como na foto 23 e encaixe as duas metades da carcaça. Não é necessário se preocupar com a posição do pinhão na cremalheira para fins de encaixe.
Foto 23: cremalheira em seu local, pronta para o fechamento.
Encaixe o suporte metálico na carcaça e aparafuse os quatro parafusos de união das metades da carcaça. Agora teste o funcionamento da trava energizando-a.
Hoje à(s) 16:08:24 por opala4cc
» Barra de direção - Opala 1988, 4cc
Hoje à(s) 15:22:23 por Tonho_RS
» Opala ascendendo luz de oleo na lenta
Hoje à(s) 15:09:59 por Tonho_RS
» Quais máquinas de vidro elétrico consigo adaptar na Caravan 76??
Hoje à(s) 12:52:51 por kelvisson
» Comando Aspirado
Hoje à(s) 5:41:23 por kelvisson
» Distribuidor com problemas (RESOLVIDO)
Ontem à(s) 21:14:40 por opala4cc
» Carros legais que eu achei na Austrália + Aventuras
Ontem à(s) 8:35:00 por Rubão6cc
» Travs elétrica Diplomata 1990 parou
Qui 14 Mar - 8:26:05 por tagliaferro
» VIRABREQUIM 3.0 181L
Qua 13 Mar - 15:27:56 por lucianopotmaier