Diplomata Coupe 1988 - 250S

Paulo Corso escreveu:

Gerald escreveu:

Uma maneira ainda mais simples é desconectar a mangueira de retorno ao radiador (a que vem da câmara da válvula termostática) e usar uma mangueira de jardim para introduzir água nova no bocal do radiador.

É só ligar a água da mangueira de jardim, ligar o motor e deixar a água circular pelo sistema. Para recolher a água que vem da mangueira da válvula termostática, usar um balde ou simplesmente deixar a água escorrer ao chão.

Quando da primeira vez que fui usar aditivo, isso a quase 10 anos, eu fiz um processo semelhante a esse, com a diferença de tirar a válvula termostática, assim a agua sempre limpa vai circulando por todo motor mesmo frio, fiz esse processo duas vezes, em dias distintos. Mas de lá pra cá com o uso do aditivo o sistema sempre se manteve limpo, com trocas periódicas.

Bem lembrado, Paulo. Esqueci desse detalhe da válvula termostática. Se ela não for retirada, vai ficar praticamente fechada e a água de limpeza não circulará direito.

Durante a pandemia comecei a ouvi uns chiados mais altos vindo da Bomba da DH, já tinha experimentado trocar o fluido hidráulico sem sucesso,  portanto resolvi eu mesmo desmontar a bomba para averiguar o causo.  

Nunca tinha feito nada na direção além da troca do fluido hidráulico e mangueiras, mas mesmo assim resolvi encarar o trabalho com minhas ferramentas de arrumar bicicleta.





Seguindo as dicas postadas pelo Marcos nesse tópico, vi que é um trabalho que dentro do meu pouco conhecimento e falta de local apropriado seria possível:
https://opaleirosdoparana.forumeiros.com/t6209-bomba-direcao-hidraulica-troca-de-reparo

Aqui tb algumas dicas do Sossa e do Fastback:
https://opaleirosdoparana.forumeiros.com/t42030-bomba-da-direcao-hidraulica.

A desmontagem foi tranquila, o único senão foi evitar ao máximo sujar a garagem por morar em apartamento e evitar sujeiras dentro de casa tb, afinal nem porco mais vive na sujeira. Mas deu tudo certo nesse processo.

O rolamento da bomba estava ruim e aproveitei tb para trocar o kit de reparos, até pq não se aproveita o mesmo quando se desmonta a bomba. O conjunto rotativo da bomba se apresentou em perfeitas condições, sendo somente uma boa lavagem com água e sabão mesmo, o suficiente.





Aproveitei e fiz a troca da mangueira de alimentação da bomba e a mangueira de retorno da caixa, que provavelmente não deveria ser própria para óleo hidráulico, estava meio como se óleo tivesse penetrado pela borracha, estava meio oleosa, nem adiantou lavar.



Minha bomba é a de 42 bar, a de menor pressão da linha, saiu de 60 e 82 bar. Creio que a redução para 42 foi no intuito de sanar os problemas frequentes de vazamento da linha e tornar a direção mais "justa", me corrijam se estiver errado.


Bom, meu parecer, a bomba ficou silenciosa e a direção considerando o tamanho dos hankook ficou boa. Como falei minha maior dificuldade foi justamente por morar em apartamento, não ter um local apropriado para trabalhar nessas manutenções. Mas por outro lado, não sou da área, então se não tivesse ficado bom, não consideraria demérito algum da minha parte.

É bom demais quando a gente consegue resolver alguns problemas nos nossos opalas/caravans e um problema na direcao hidraulica que consegui resolver foi seguindo o topico do Marcos Adriano, deu certo tanto na caixa como nabomba!!!

Paulo: depois do serviço de restauro do meu motor e do tempo que o carro ficou parado devido a esse fato, várias coisas estragaram ou apresentaram algum tipo de defeito e uma delas foi a bomba de DH. Começou merejar óleo discretamente e pingar no chão da garagem. Provavelmente a troca de reparo resolve né? Ou um aperto nos parafusos da carcaça? Se algum parafuso estiver frouxo vaza óleo?

Rubens, primeiro é bom saber por onde que meleja óleo. Se for pelas mangueiras, é mais simples e só um reaperto pode resolver, mas na bomba propriamente dita, pode ocorrer pela frente da bomba, nesse caso é o retentor, se for pela tampa traseira, provavelmente terá que trocar o kit de reparos, em todo caso no kit reparos já vem os anéis de vedação e o retentor.



Curioso da bomba é o retentor de dupla vedação, aquela molinha que o retentor tem, nesse caso são pelos dois lados, particularmente eu nunca tinha visto esse tipo.

Agora sobre algum parafuso frouxo, a bomba do opala não fecha por parafuso. A tem a tampa traseira fecha todo conjunto com um anel elástico, e pela frente retentor e rolamento fazem a vedação, travados também por outro anel elástico.

Essas fotos são do tópico do Marcos, ele fotografou todo o processo.




Existe ainda o tampão da válvula de pressão, que fica pela frente, mas é difícil surgir vazamento ali e pelo cano de alimentação da bomba, mas tb creio ser difícil vazar ali, normalmente é onde falei, isto é, mangueiras, retentor e tampa traseira.

Os parafusos externos que você ve são dos suportes da bomba e esticador de correia.

Continuando a saga das manutenções, o fato da direção não voltar a posição inicial ainda me intrigava. Sabendo do estado do restante do carro, inventei de fazer a caixa de direção, mesmo não detectando nada de anormal externamente.

Tem um tópico do Marcos que me ajudou bastante, pois esta bem detalhando de fotos, comentários e procedimentos a serem adotados: https://opaleirosdoparana.forumeiros.com/t41067-trocando-o-kit-de-reparos-da-caixa-de-direcao-hidraulica-zf

Retirada a caixa do opala, esgotei o que deu de óleo hidráulico virando a caixa com os bocais de entrada e saída de óleo para baixo e girando ela pela junta elástica pra não fazer muita sujeira ao desmontar. Esse óleo saiu com cor e cheiro normal. Mas conforme fui desmontando a caixa, tinha uma certa quantidade de óleo velho (bem preto e com cheiro forte - parecido com cheiro de óleo queimado), principalmente na área do pistão, inclusive dentro do pistão tinha certa quantidade de uma borra preta, o que me estranhou pois já havia feito 3 trocas de fluido em outras ocasiões.

Depois de tudo bem limpo é claro, troquei os reparos, montei a caixa de direção (não sobrou nenhuma peça kkkkkkk). Não detectei nada de anormal nos reparos velhos, mas deviam estar cansados já, apresentando alguma fuga de pressão. Assim como na bomba, usei reparos da APC, uma vez que em nenhuma empresa de manutenção de DH daqui achei reparos ZF.

Esgotei novamente o fluido do reservatório, das mangueiras e da bomba, enchi todo sistema com fluido novo e de qualidade (Texaco Texamatic). Girei bastante o motor sem dar partida para entrar bastante fluido no sistema e não correr o risco de dar algum problema.
Depois de devidamente montado e feito a sangria completa do sistema, ao fazer os testes de rodagem e conferencia de alinhamento, a direção ficou como deveria estar, isto é virando leve e macia para ambos os lados, e retornando quase que por completo à posição inicial, mesmo considerando os enormes hankooks 235.

Detalhe isso foi feito em outubro/novembro 2022.


Este tipo de reservatório não utiliza filtro como nos modelos metálicos, ele tem uma espécie de peneira filtrante por dentro, com o tempo ele pode entupir e ocasionar falta de óleo na bomba e ruídos no sistema Ainda existe novo para comprar com preço normal   https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-2016948148-reservatorio-direco-hidraulica-zf-opalacaravan-1987-a-1992-_JM?quantity=1

Muito legal Paulo, aos poucos as manutenções vão sendo feitas e o cupê vai voltando a cena

Sensacional como sempre esse coupe Paulo, parabéns!

Depois dessa da direção minha embreagem pediu arrego, tanto é que no ultimo encontro qui fui antes de mexer nela tive que ir parando pq quando o disco esquentava era impossível andar.

A troca do kit de embreagem anterior havia sido feita em 2011 por um kit sachs e oficina especializada em GM. Agora essa troca foi uma novela a parte, primeiro por não encontrar em canto algum um kit de embreagem novo para o 6 cilindros (sachs ou luk) no mercado de reposição, segundo por achar um profissional capacitado com preço justo.

Ja havia colhido a informação na fonte, tanto Luk como Sachs não fabricavam mais embreagens para a linha opala. Pesquisei por quase todo pais , foram horas e horas ao telefone atrás de um kit, os poucos que ainda existiam no mercado estavam a preços proibitivos.

Pois bem, eu tinha duas opções, os kits para perfomance (pastilhados) ou os kits recondicionados. Entre essas duas opções optei por recondicionar o kit que estava instalado no meu opala mesmo. Como é de praxe, raramente algum mecânico da garantia no serviço em peças recondicionadas, então, sem garantia por sem garantia, fiz eu mesmo o serviço da troca do kit de embreagem.

Decidido que seria um kit recondicionado, optei por fazer no kit que estava no opala mesmo por saber a forma que foi usado do início ao fim.



Preventivamente e até por que estava tudo desmontado, fiz a troca do selo traseiro, optei por um original GM mesmo, o antigo foi trocado em 2011 , tb na outra troca de embreagem.






Não foi um trabalho leve, na verdade pesado, cheio de detalhes, ainda mais com o carro no chão de casa e sozinho, mas, com as ferramentas certas, com calma e tranquilidade, é possível fazer.

Com tudo montado, torqueado e por segurança com loctite para não haver incidentes, já rodamos cerca de mil km desde então em perfeitas condições.

Muito bom Paulo! Agora são mais uns 10 ou 20 anos sem precisar mexer de novo

Se durar metade do que durou o kit sachs acho que esta bom Rubens. Ao escolher a empresa pra fazer o recondicionamento do kit optei por uma que além de anos de mercado e boas indicações de amigos, usa as lonas da fras-le.

Esses dias com calma aproveitei para revisar a chave de seta do opala, ele começou a não voltar a seta à direita. Minha cidade é conhecida pelos motoristas que não dão seta, já meu opala é ao contrário, é a seta que não desligava.

O acionamento da buzina existe novo no mercado de reposição , comprei esse no ML a alguns anos, muito bom por sinal. A única coisa que vc usa da sua peça toda quebrada são os contatos da buzina.


Para sacar o volante alguns usam técnicas que a meu ver pode danificar a coluna do escamoteável, como bater no eixo para soltar o volante do estriado da coluna, eu preferi usar um saca volante mesmo.


Eis o motivo pelo qual a seta não retornava, quebrou a mola de retorno da seta.
uploads photos

Optei por manter a chave de seta original uma vez que foi só a mola de retorno que quebrou e ainda se encontra da mesma. Aproveitei para fazer uma limpeza e lubrificação da mesma, além de diminuir a pressão de acionamento da seta.


Parte mais complicado e encaixar a bendita travinha do conjunto, como não possuo a ferramenta para auxiliar nessa parte, meu filho me ajudou nessa parte. Enquanto eu empurrava o disco da trava do volante , meu filho colocou a travinha no eixo.



Muita gente perde essa tampinha, além de dar o acabamento entre o volante e a coluna, evita de entrar sujeira dentro da coluna.







Ha mais um detalhe: Meu opala nunca funcionou a trava do volante, e ja que estava desmontando parte da coluna, me aprofundei para investigar qual a causa desse defeito. Infelizmente descobri que a mola que empurra o pino da trava tinha quebrado, e como não existe reposição desta, vai ficar para uma outra oportunidade corrigir esse defeito, vai que um dia me aparece uma coluna para desmontar que tenha a bendita mola intacta.

Vi na televisão (Rede Goebbels), uma vez, que a cidade conhecida pelo fato dos motoristas não acionarem a seta ao converter era São Paulo...
Você teve sorte com essa molinha de retorno de seta. Até hoje, nas duas vezes em que a molinha da chave seta quebrou comigo dirigindo opala, a buzinha ficou acionada permanentemente. Tive que parar o carro e ir lá fora, na dianteira, enfiar o braço por baixo do para lama e desconectar o fio da buzina nos dois lados do carro. Na segunda vez, o imbecil que estava na minha frente botou a cara para fora do carro e ficou esbravejando. Não adiantou mostrar as duas mãos   ("olha, mamãe: sem as mãos!!!") com a buzina ainda tocando.
Alguns anos mais tarde, assistindo aquela cena da kombi na rodovia no filme "Pentelha Miss Sunshine", me lembrei dessas molinhas que quebram e causam curto na buzina,

Meu problema na chave de seta foi a chapinha que faz a conexão entre alavanca e conjunto da chave, ali estava muito folgada na pecinha que existe... Peguei uma alavanca daquelas torneiras simples e com microretífica usinei uma anel para embuxar e assim ficou justinha.

GustavoZorzi escreveu:Meu problema na chave de seta foi a chapinha que faz a conexão entre alavanca e conjunto da chave, ali estava muito folgada na pecinha que existe... Peguei uma alavanca daquelas torneiras simples e com microretífica usinei uma anel para embuxar e assim ficou justinha.

Nunca me esqueci: lá em 1999, quando comprei o SL 92, tinha um problema no acionamento da chave seta... a palanca estava quebrada. Só tinha um cotoco que tornava quase impossível acionar a seta para qualquer lado e mesmo acionando, nem sempre ligava as lâmpadas e nem ficava na posição acionada.
Na época eu não mexia em nada no carro. Na oficina onde tinha levado para fazer vários consertos (o carro tinha ficado um mês lá, tendo saído na semana anterior) fora trocada a palanca. Depois do conserto, mesmo acionando até o fim do curso, nem sempre ligava. Em menos de uma semana acabei quebrando a palanca nova por forçá-la (e assim descobri por quê a palanca antiga tinha quebrado na mão de outra pessoa, kkkkk!!!). Então, voltei com o carro na oficina e para minha total surpresa o imbecil incompetente do dono da oficina (e que também era mecânico) me deu um esporro - literalmente berrando comigo na frente do funcionário dele - reclamando que eu não sabia usar. O funcionário dele estava mudo e com os olhos arregalados de vê-lo tratando assim um cliente. A oficina não tinha movimento suficiente para "demitir" clientes! Quando o xilique do chefe dele terminou, o funcionário disse baixinho e com toda a educação que eu esperasse que ele já ia dar uma olhada. Eu tinha estacionado o carro na rua, em frente à oficina. Fui até o carro e fiquei esperando. Durante a espera, comecei a matutar: "Porra, esse idiota não conserta direito, despejei uma fortuna de dinheiro nesse mukinpho que ele chama de oficina e depois ainda caga na minha cabeça???". Por esse momento eu já estava esperando há uns 10 minutos. Dei partida no carro para ir embora e nunca mais voltar.
Naquela mesma semana, consegui um catálogo de peças (versão impressa) na CGA e resolvi sacar o volante para destrinchar o problema. A causa do mau funcionamento era a falta de uma chapinha metálica que se alojava em uma cavidade e onde aparafusava um dos parafusos de número "17" na figura abaixo:


Se o cara tivesse sido competente ao abrir, teria notado que havia peça faltante e a nova palanca nunca teria quebrado. A peça faltante não era peça de reposição GMB e pra minha sorte, nessa época, havia opalas às pencas nos desmanches, sendo comum haver colunas de direção semi-desmontadas para canibalização de peças.
Depois que a oficina fechou uns dois anos depois, toda vez que eu passava em frente, sorria de orelha a orelha. O episódio modificou a forma com a qual eu lidava ao precisar consertar o carro. A partir dali aderi ao faça-você-mesmo.

Meu Opala está sem essa tampa que protege a parte interna da coluna de direção contra o pó..em algum momento do passado alguém sacou o volante pra fazer algum reparo e não colocou de volta essa peça.

opala4cc escreveu:Vi na televisão (Rede Goebbels), uma vez, que a cidade conhecida pelo fato dos motoristas não acionarem a seta ao converter era São Paulo...
Você teve sorte com essa molinha de retorno de seta. Até hoje, nas duas vezes em que a molinha da chave seta quebrou comigo dirigindo opala, a buzinha ficou acionada permanentemente. Tive que parar o carro e ir lá fora, na dianteira, enfiar o braço por baixo do para lama e desconectar o fio da buzina nos dois lados do carro. Na segunda vez, o imbecil que estava na minha frente botou a cara para fora do carro e ficou esbravejando. Não adiantou mostrar as duas mãos   ("olha, mamãe: sem as mãos!!!") com a buzina ainda tocando.
Alguns anos mais tarde, assistindo aquela cena da kombi na rodovia no filme "Pentelha Miss Sunshine", me lembrei dessas molinhas que quebram e causam curto na buzina,

Aqui em Londrina a galera também não tem o habito de sinalizar corretamente, passei altos perrengues nos poucos anos que tive moto.

Já passei por essa da buzina ficar acionada, mas foi devido a problema no came da buzina ates de troca-lo.

Aliás, para quem não sabe, é o came da buzina o responsável por voltar a chave de seta á posição inicial.


Essas duas espécies de ressaltos empurram as molinhas de forma que a chave de seta volte a posição inicial.

Opala4cc, sempre fui adepto do faça você mesmo, nos últimos anos com muito mais força. Tenho investido conforme a necessidade em ferramentas ou quando muito necessário emprestado de amigos.

Todas essas manutenções que tenho apresentado, como a revisão na bomba e caixa de direção, troca da embreagem ,entre várias outras, foram feitas por mim em casa.

Paulo Corso escreveu:Opala4cc, sempre fui adepto do faça você mesmo, nos últimos anos com muito mais força. Tenho investido conforme a necessidade em ferramentas ou quando muito necessário emprestado de amigos.

Todas essas manutenções que tenho apresentado, como a revisão na bomba e caixa de direção, troca da embreagem ,entre várias outras, foram feitas por mim em casa.

Essa troca da embreagem, sozinho e em casa, foi muita coragem e perseverança. Aliás, tem me faltado perseverança para mexer no opala.

Sobre a troca da embreagem, juntei minha pouca experiência de quase 1 ano de lavador de peça em oficina com meus 16 anos (no final dos anos.90) a muitas dicas de amigos,

O que deu mais trabalho na desmontagem foi soltar os dois parafusos superiores da caixa seca, esses utilizei 3 extensores para acessar por traz da caixa.

Na montagem contei com um torquímetro emprestado (quero adiquir um futuramente) mas o mais.complicado foi encaixar o cambio, meu ombro continua doendo meses depois devido à tendinite que tenho a anos causada pela brincadeira de jogar o povo na piscina em confraternizações do trabalho.